quinta-feira, 26 de abril de 2012

ECOJOVEM - A juventude participando de um meio ambiente melhor


Amanhã estarei num evento muito bom. Esse evento será é muito importante para chamar a atenção dos jovens em geral que é o ECOJOVEM que acontecerá amanhã no anfiteatro do Dragão do Mar. Terá palestras que  não serão dadas por ninguém do AMABRASUS, mas estará divulgando muitas idéias boas sobre o projeto. É importante participar, qualquer pessoa, por que isso vai abrir um novo horizonte sobre o meio ambiente, sobre a preswervação, temas como o novo código florestal brasileiro. Bem, existirá mais coisas a se tratar que envolva a participação das pessoas e a conduta de cada cidadão diante desses problemas que enfrentamos com o acúmulo de lixo entre outras formas que iremos, o projeto ainda tem esse problema em convencer as pessoas da importância da recilagem, da natureza limpa, da vida mais sustentável para pessoas que ganham a vida com isso, e quer deixar a mensagem mais objetiva e sensata à populkação!


Ouvir uma palestra sobre o meio ambiente será muito importante para de vez plantarmos uma pequena semente boa que nos faça  mudar de opinião sobre o assunto em questão e voltarmos nossos olhares para além do que apenas vemos como obrigação ou, até mesmo, uma bobagem. A entrada é apenas um (1) quilo de alimento. Somente isso!

domingo, 22 de abril de 2012

Falta de educação - LIXO NA RUA

   

Compartilho o mesmo repúdio quanto a nenhum orgão ou poder público em não fazer nada pelas nossas cidade. Tem que dar uma dura nos moradores que sujam nossas praias.
Tem uma turma de moradores e da região que fazem seus churrascos com sua familias que são completamente educados, limpa o que suja, levam sua sujeira até o lixo mais próximo.
E tem outra turma(a maioria) que acha que o lixo desaparece quando vão embora, ou imaginam que os guaiamuns comem lixo, ou que no dia seguinte tem uma turma de gari para limpar a cagada que deixam, esses são a maioria.
Precisamos de uma campanha de educação, coincientização e limpeza da orla com urgência.
Estou a disposição para qualquer ação que venha a ajudar nessa campanha.



Lixo nas ruas é o resultado da falta de educação das pessoas que não têm consciência e jogam pelas ruas o que não serve mais para elas.
A consequência pode ser desastrosa: ratos, baratas, bactérias, doenças, entupimento de bocas-de-lobo, enchentes....

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Coleta Seletiva em condomínio

Cuidar do meio ambiente não é um assunto que se possa deixar para depois. Por isso muitos condomínios, mesmo não sendo obrigados a fazer a coleta seletiva, separam o lixo orgânico do reciclável.
Reciclar é uma forma de ajudar o ambiente em que vi vemos. É uma pequena contribuição que podemos dar para tornar nossas cidades mais limpas.



Hoje em Fortaleza no bairro Aldeota fomos convidados para busca algumas doações. Chegando lá fomos muito bem recebidos.

Os responsáveis dos condomínios estão trabalhando a conscientização das pessoas a participar  de uma coleta seletiva. Lembrando-os dos benefícios que ela nos traz.
Além de material reciclável também recebemos um fogão que está em bom estado e pode servir a outras pessoas.

Temos hoje vinte seis condomínios que participam uma vez ou mais por semana de acordo com a demanda.

Lembrando que o nosso objetivo é passar para as pessoas sobre a importância da coleta seletiva e da logística reversa que dá um destino correto a todos os materiais descartado pelas pessoas.








Vamos falar um pouco sobre logística reversa.


Atualmente temos uma grande preocupação pelos vilões do meio ambiente, como lixo eletrônico, que são descartados de maneira incorreta ou até comercializados por atravessadores, que tiram o que lhes interessam e depois descartam de maneira inadequada, como em avenidas, córregos ou pior até no mangue.
 

Na logística reversa nada é desperdiçado.  Todo o material passa por uma triagem, onde é desmontado, separado, embalado e enviado para seus fabricantes para que possam dá um destino adequado a esses materiais.




O proprietário da Eletrônica localizada na Avenida mozart Lucena, no bairro Vila Velha, numa atitude inapropriada e em total desrespeito as regras da municipalidade, autorizou um dos seus funcionários a descartar grande quantidade de lixo eletrônico (Tv's, carcarça de DVD, entre outros componentes eletrônicos), no canteiro central da avenida onde se tem grande movimentos de pessoas e veículos.
A denúncia se faz necessária uma vez que o lixo descartado pelo proprietário da eletrônica  é composto de material radioativo e cancerígeno, materiais estes que são empregados na confecção de capacitores eletrlíticos, condensadores e transistores que foram jogados em via pública.
Moradores das proximidades da eletrônica reclamaram da atitude, além do que o material descartado impede que as pessoas possam transitar pela calçada da Avenida.



                                                           Projeto de lei
 
PL 2494/2011 do deputado Taumaturgo Lima – Torna obrigatória a criação de pontos de coleta para recolhimento de resíduos de medicamentos nos condomínios residenciais, resorts, hotéis e pousadas.
Torna obrigatória a criação de pontos de coleta para recolhimento de resíduos de medicamentos nos condomínios residenciais, resorts, hotéis e pousadas.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1°. Ficam os condomínios residenciais com mais de 20 (vinte) unidades habitacionais obrigados a instalar pontos de coleta, devidamente identificados, para descarte de resíduos de medicamentos e medicamentos vencidos.
Art. 2º. Resorts, hotéis e pousadas com mais de 30 (trinta) leitos ficam obrigados ao estabelecido no Art. 1º desta lei.
Art. 3º. A expedição do alvará de funcionamento estará condicionada à comprovação da implantação deste procedimento.
Art. 4°. Ficam os órgãos municipais e distrital responsáveis pela realização de coleta pública dos resíduos bem como responsáveis pela destinação final, atendendo à RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC N° 306, de 7 de dezembro de 2004/ANVISA para descarte de resíduos classe B.
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Devido a uma série de fatores, como o processo de urbanização, a exigüidade de espaço e a insegurança, percebe-se com clareza na sociedade uma tendência de constituição de condomínios residenciais, verticais ou horizontais, produzindo como efeito obvio a concentração de pessoas por unidade física de espaço, o que implica também concentração de resíduos de toda ordem.
Neste caso, tratamos dos resíduos decorrentes do uso parcial ou da perda de validade de medicamentos. Em cada um dos prédios ou aglomerados residenciais com estas características vivem centenas ou até milhares de pessoas que se obrigam a descartar os medicamentos sem uso como lixo comum, causando dano e risco ambiental. Se considerarmos o crescimento da expectativa de vida da população, não é demais afirmar que cada vez mais usuários (pessoas idosas) somam-se a esta estimativa.
Por outro lado, com o crescimento da renda e com o aumento das facilidades para viagens de turismo, mais pessoas estão tendo acesso a resorts, hotéis e pousadas, de sorte que este também constitui um setor importante do ponto de vista da geração de resíduos de medicamentos.
O fato de todo esse contingente descartar suas sobras de remédios misturadas ao lixo comum constitui agravo ao meio ambiente que pode ser evitado se, assim como em outros casos, estiver ao alcance das pessoas local apropriado para a deposição do material a ser descartado.
Para isto, estamos propondo que condomínios residenciais com mais de 20 (vinte) unidades habitacionais e estabelecimentos de residência temporária (resorts, hotéis e pousadas) com mais de 30 leitos tenham, para receberem autorização de habitabilidade, que oferecer local apropriado à coleta de restos de medicamentos ou medicamentos com validade vencida que deverão ser recolhidos e destinados pelo serviço de limpeza pública conforme estabelecido em norma da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
Certo de que estamos oferecendo à sociedade uma importante contribuição, peço aos pares a aprovação do presente projeto de lei.




Interessante esta lei, pois as pessoas jogam remédios no lixo comum ou pior, no vaso sanitário, mas quem deve dar destinação a este material é o gerador, isto é, os condomínios e hotéis tem que contratar empresas que coletam lixo hospitalar para dar a destinação correta e se a quantidade for pequena, entregar em farmácias, que são os locais que vendem estes estes medicamentos e portanto, tem que receber o medicamento que sobrou ou que a data de validade expirou para realizar a logística reversa. No caso de farmácias isto é muito simples, pois o mesmo caminhão que faz a entrega dos medicamentos pode levar o material que foi devolvido pelo consumidor e entregar nas fábricas para dar a destinação correta.


Ciclo de vida


HOJE  adota o sistema de logística reversa para recolher os exemplares não vendidos.
Ao utilizar a mesma estrutura de entrega de jornais, o processo dispensa o transporte adicional e, assim, evita o consumo de combustível extra e reduz a emissão de gases poluentes pelos veículos.
trata-se de um sistema que minimiza o impacto provocado pelo principal negócio do Grupo e dá ao produto a destinação adequada – todo o encalhe é enviado para a reciclagem.

No interior e nas cidades para onde o jornal é transportado por ônibus ou avião, apenas parte do material retorna para a empresa.
No interior do ceará , cerca de 65% dos exemplares excedentes são recolhidos.
Em 2009, a média mensal de papel recuperado soma cerca de 510 toneladas.
Somados às sobras de impressão e perda no processo, o total de papel destinado à reciclagem chegou a 7 mil toneladas.
Existem algumas alternativas em estudo para o retorno do jornal dos assinantes, que respondem pelo maior volume gerado.
“Esse é um dos grandes desafios que temos. Encontrar uma utilização para o impresso pós-consumo, com valor agregado maior que o existente atualmente.


Bela iniciativa que pode e deve ser copiada por qualquer empresa. A logística reversa deve sempre utilizar os caminhões vazios depois da entrega para recolher o produto usado, como por exemplo, eletrodomésticos, lâmpadas, pilhas e baterias ou o que tiver sido deixado pelo cliente na loja.
Mas pergunta que não quer calar e, quando é que os E-book irão substituir os jornais de papel? Já passou da hora de grandes empresas venderem junto com a assinatura de jornais e revistas, o E-book, para deixarmos de usar tanto papel, usarmos tanta água e terra fértil para plantar papel.







Seu computador estraga ou você decide comprar um novo celular. O que você faz com o equipamento antigo? Segundo o professor de Engenharia de Materiais da UFGRS, Hugo Veit, os brasileiros produzem cerca de 300 mil toneladas de resíduo eletrônico anualmente. Infelizmente, o país ainda não tem locais apropriados para descarte desses equipamentos. Em entrevista, por telefone, à IHU On-Line, Veit alerta para os riscos ambientais que os resíduos eletrônicos podem trazer. “A composição química desses resíduos é muito variada. Se esses metais forem descartados de forma incorreta na natureza, eles vão contaminar o solo, o lençol freático, a água, e, de uma forma ou de outra, isso volta para nós”, destaca. Para o professor, uma das formas para evitar a grande produção deste tipo de lixo é frear o consumismo, uma tarefa nada fácil. “É difícil desmaterializarmos. Temos a vontade de sempre acompanhar a tecnologia, com equipamentos mais novos”, defende. Hugo Veit possui graduação em Engenharia Metalúrgica, mestrado e doutorado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente, é professor da Escola de Engenharia/Departamento de Materiais e pesquisador do Laboratório de Corrosão, Proteção e Reciclagem de Materiais.


AMBRASUS

RECOLHEM ESTE TIPO DE MATERIAS

posto de recolhimento de lixo eletrônico, onde poderão ser entregues televisores, monitores, computadores, notebooks, videocassetes, aparelhos de som, câmeras fotográficas, filmadoras, telefones celulares, eletrodomésticos de pequeno porte, fitas, CDs e DVDs TELE COLETA         
 (085)3284 6704 OU 8723 8202




terça-feira, 17 de abril de 2012

Poluição do ar

A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo. E mais, a poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera.
  •  O monóxido de carbono de fórmula CO, é um gás inflamável, incolor e inodoro. Essa última característica faz com que este gás seja altamente perigoso, ele é produzido pela queima incompleta de combustíveis fósseis como, por exemplo, lenha, carvão vegetal e mineral, gasolina, querosene, óleo diesel, entre outros. Por ela não ter cheiro, ela é chamado de ''assassino silencioso''. A vítima só se dá conta do ocorrido após altas doses inaladas de monóxido de carbono.  
  • O gás carbônico (dióxido de carbono) é gás é liberado no processo de respiração (na expiração) dos seres humanos e também na queima dos combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene, carvão mineral e vegetal). A grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera é prejudicial ao planeta, pois ocasiona o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global. Este gás é usado comercialmente em algumas bebidas (carbonatadas) e também em extintores de incêndio. Se inalado, em grande quantidade, pode provocar irritações nas vias aéreas, vômitos, náuseas e até mesmo morte por asfixia (o que ocorre geralmente nos incêndios).
Estes dois gases são liberados pelos combustíveis que são responsáveis por gerar energia que alimenta todo o sistema industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil. 
Toda essa poluição deixa consequencias que tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação). Em dias secos e com poluição do ar alta, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa (principalmente das 10h às 16h) e limpar o chão de casa com pano úmido). 
A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega. 
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.
Curiosidades: 
- Cidades do mundo com o ar mais poluído: Pequim (China), Karachi (Paquistão), Nova Délhi (Índia), Katmandu (Nepal), Lima (Peru), Arequipa (Peru) e Cairo (Egito) 
- Cidades do mundo com o ar mais limpo: Calgary (Canadá), Honolulu (Estados Unidos), Helsinque (Finlândia), Wellington (Nova Zelândia), Mineápolis (Estados Unidos) e Adelaide (Austrália). 
- 14 de agosto é o Dia de Controle da Poluição Industrial. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Logística Reversa e sustentabilidade


Atualmente o lixo eletrônico destina-se a um lugar comum: os aterros sanitários e os lixões. O agravante está no fato de os produtos eletrônicos conterem materiais pesados, químicos altamente prejudiciais para a saúde”, alerta o diretor de ...Logística

“Outro alerta da ONU: os países precisam pensar em estratégias para resolver como tratar o lixo”, afirma joaõ paulo que acrescenta: “No Brasil vemos que algumas empresas estão começando a se preocupar como ambiente brasil sustentavel
descartou corretamente 5020 mil equipamentos eletrônicos deste( 2011 a 2012) com objetivo melhora a vida das pessoas em vou vidas e de todos ecossistema.

como posso colabora,paticipando de uma coleta seletiva como
Televisores, videocassetes, aparelhos de DVD, computadores, celulares, impressoras, câmeras digitais, mp3 players,ventiladores,ar condicionado,geladeira,ferro de passar,enceradeira, entre outros, já podem ser descartados sem poluir pelo ambrasus especializados em receber lixo eletrônico,Resíduos Especiais fecharam uma parceria para implantar ações de logística reversa de resíduos e equipamentos eletrônicos. As ações devem ser permanentes e itinerantes, com o objetivo de recolher resíduos dessa natureza e encaminharem para reciclagem e correto reaproveitamento. A iniciativa restante do estado O é que até 2014 a ação esteja implantada em todas as cidades sede da Copa do Mundo, com estimativa de até 20 pontos fixos e outras ações pelos municipio vizinho (obs) iremos busca sem custo nem um. Tele coleta (085) 3284 6704 ou 8723 8202!!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Saneamento básico ainda não é priorizado, diz pesquisa!

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Pesquisa divulgada pela Fundação SOS Mata Atlântica, com dados coletados entre janeiro de 2011 e março deste ano em 49 rios de 11 estados brasileiros, mostra que o Brasil nos últimos 20 anos não priorizou o saneamento básico, disse à Agência Brasil a coordenadora do programa Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro.

O levantamento, resultante do projeto itinerante A Mata Atlântica É Aqui, constatou que nenhum dos 49 rios analisados alcançou a soma de pontos necessária para os níveis “bom” ou “ótimo”. Dos mananciais pesquisados, 75,5% obtiveram classificação “regular” e 24,5%, o nível “ruim”. “A falta de saneamento básico é que resulta nesses índices tristes para o cenário nacional”.

Os melhores resultados, todos com 33 pontos, portanto dentro da classificação “regular”, foram encontrados nos rios Santa Maria da Vitória, em Vitória (ES); Paraíba do Sul, em Resende (RJ); Camboriú, em Balneário Camboriú (SC); Bica da Marina, em Angra dos Reis (RJ); e Arroio Jupira, em Foz do Iguaçu (PR). Em contrapartida, os piores resultados foram apresentados pelos rios Criciúma, em Criciúma (SC), com 23 pontos, e Itapicuru Mirim, em Jacobina (BA), com 24 pontos.

Malu Ribeiro avaliou que a situação hoje é muito diferente da que ocorria no país antes da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio 92. Lembrou que àquela época, o grande vilão das águas era o setor industrial, com seus contaminantes químicos despejados diretamente nos rios. “Vencemos esse desafio. A iniciativa privada foi enquadrada, cumpriu legislação, investiu no tratamento dos efluentes. Quem não cumpriu a tarefa de casa nesses últimos 20 anos foram os municípios”, declarou.

Segundo ela, existe uma deficiência na coleta e no tratamento de esgoto em quase todas as cidades do país. “Os rios são um espelho dessa falta de investimento em saneamento, coleta de lixo”. Mesmo em cidades pequenas, onde a SOS Mata Atlântica imaginava que havia uma boa condição ambiental, encontrou um outro contaminante, que é a erosão com desmatamento e os fertilizantes e insumos agrícolas. “Nós estamos em estado de alerta. A situação é crítica”.

Para a Malu Ribeiro, o problema cultural brasileiro, ligado à teoria da abundância da água, à exceção de locais específicos, impõe a necessidade de uma ação emergencial. Essa tese faz com que a maior parte dos brasileiros considere surreal economizar água e não tenha a preservação como uma de suas principais bandeiras. Outro problema, apontou, é a visão distorcida do que é desenvolvimento, “que vem sendo propagada pelos governantes, que é colocar os mais pobres em um padrão de consumo dos norte-americanos”. Estimou, que se isso vier a ocorrer, “nós vamos precisar de dez planetas. É insustentável”.

A Fundação SOS Mata Atlântica monitora a a situação da qualidade da água dos rios no Brasil desde 1992, quando a organização não governamental (ONG) se engajou na campanha pela despoluição do Rio Tietê. O objetivo é que o cidadão perceba a relação existente entre a água e a floresta, informou. Os níveis de pontuação adotados na pesquisa são compostos pelo Índice de Qualidade da Água (IQA), que é o padrão definido no país por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

A coordenadora do programa esclareceu que a falta de gestão de dados históricos sobre os rios dificulta a sua gestão daqui para frente, porque “tem muito cientista e gestor político no Brasil que não acredita em mudanças climáticas”.

Segundo Malu Ribeiro, o país não tem respostas ágeis para enfrentar os problemas em momentos extremos de seca e de enchentes. Como não existe também a cultura de recompor rapidamente em situações de crise, a tendência é piorar. “Isso dificulta uma ação mais efetiva”. Segundo ela, infelizmente, as coisas no Brasil, no caso da água, tendem a mudar somente pela dor. “Porque vai faltar”.

Foram avaliadas amostras dos rios dos estados do Ceará, Piauí, da Bahia, do Espírito Santo, Rio de Janeiro, de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, Paraná e de Santa Catarina. A pesquisa foi divulgada hoje, Dia Mundial da Água.
Fonte: Agência Brasil